segunda-feira, 12 de março de 2012

O homem imprestável

Em certa vizinhança rural havia um proprietário de uma fazenda onde sua principal fonte de renda era a cana de açúcar. Este, por sua vez era amável, humilde, sempre ajudava ao próximo e buscava ser o mais correto possível nos negócios e no lar. Como todo ser humano, este proprietário também tinha seus erros, uns mais modestos e fáceis de consertar, outros, um pouco mais complicados e que o atormentavam por algum tempo. Certo dia, esse homem fez algo desapontador.

Enquanto passeada pelo canavial, viu que algumas crianças brincavam com as canas maiores, como se fossem espadas. Aquilo tomou o coração daquele homem de raiva, e subitamente afugentou as crianças aos berros e palavrões. Elas, que variavam entre 8 e 11 anos, não entenderam o porquê de tanta raiva, mas fugiram quase que voando do local. Frustrado, aquele homem senta-se em um pequeno montinho de terra em uma pequena parte sem as canas, devido a brincadeira tola das crianças que acabou retirando as canas do local.

O homem lamentava amargamente, porque mais uma vez havia feito algo ruim, algo que sabia que Deus reprovava, mas, lá estava aquele homem, de novo, pecando. Ele, então, começou a lembrar dos últimos meses de seu 48º ano de vida, e percebeu que não conseguiu evoluir em nada, as mesmas cobiças de mulheres mesmo sendo casado, os mesmos dialetos nojentos e continuava com a mesma maneira de tratar os outros. Já com os olhos cheios de lagrimas, relembrou de todas as vezes que disse para si mesmo e a para Deus que iria melhorar, que deixaria essas práticas ou jogaria elas para os cantos de sua mente. Aquele homem começou a se sentir imprestável a Deus, pois se Deus ama quem segue a luz, como ele conseguiria estar ao lado de um ser como ele?

Aquele homem decidiu caminhar pelo canavial, mais especificamente pela beira entre suas terras e as do vizinho. Suas terras eram tão grandes, que o final do lado oeste dava para o começo da cidade mais próxima. Resolveu adentrar e passear por ela, sempre pensando no que havia feito e de como havia se tornado imprestável a Deus. Deus não compartilharia nada um homem com aquelas posturas, certo? E há tempos o homem sentia-se distante e sem intimidade com Ele. O remorso tinha consumido-o, enfraquecendo sua vontade de mudar. Enquanto andava pensativo, trombou repentinamente com um garoto que aparentemente tinha entre 10 e 12 anos de idade. “Moço desculpe-me”, foi a frase do garoto. Porém como era de se prever, o homem se exaltou e proferiu insultos ao pobre garoto, que nada lhe havia feito. O menino então retrucou:

- O senhor não acha o jeito de Deus interessante? Ele consegue amar a todos, até mesmo aqueles que teimam em tropeçar nas pessoas mais velhas – disse o garoto dando um leve ar de riso.

- O que você quer dizer com isso? – disse o homem

- Bem, olhe para aquelas senhoras, - disse apontando - acabei de passar por elas e vi que estavam fofocando sobre as mulheres do lado norte da cidade. Veja também aquele soldado flertando com aquela mulher que eu sei que não é a sua esposa. Viu? Não é demais esse jeito de Deus?

- Garoto, não entendo o que quer dizer?!

- Tanto aquela mulher como aquele homem estão em pecado, porém ambos têm oportunidade de uma vida renovada e cheia de alegria ao lado Dele. Deus dá isso de graça, porém somente para a aquele que realmente decidir se libertar do pecado e o seguir.

- Mas, garoto! O pecado existe, até os seguidores da palavra de Deus pecam, como resolver isso? Se o salário do pecado é a morte, então como podemos dizer que não somos imprestáveis a Deus?

- Você quer deixar de ser imprestável?

O homem engoliu seco sua saliva, o garoto havia tocado em sua ferida. Coincidência ou não, fez ele baquear. Pensou por alguns segundos e então respondeu:

- Sim, com todas as minhas forças, porém sempre dá tudo errado, nunca consigo. – disse o homem diminuindo sua voz.

- Lute, ore, jejue, não desista de agradar a Deus. Ele te ama infinitamente e te aceitará de volta e te recompensará com a vida eterna. Se arrependa e vá em frente! Nunca desiste porque certamente Ele nunca desistirá de você!

O homem já ficando comovido com as palavras do menino, fala com uma última dúvida:

- E como fica o saldo do pecado?

O menino olhou fixamente nos olhos do homem e disse:

- Ame a Deus com todas as forças e fôlego. Quanto ao saldo, alguém ira pagar por ele. Preciso ir moço, foi bom falar com você. Tchau tchau.

O homem não conseguiu se conter e começou a chorar, estava tão contente de ter entendido que, apesar de tudo, poderia mudar tais atitudes e Deus lhe aceitaria de volta. Quando se deu conta, o homem percebeu que o garoto já estava quase sumindo no horizonte. Ele, então, aos berros diz ao menino:

- Espere garoto, diga pelo menos o seu nome!

O menino virou apenas o rosto enquanto caminhava em direção ao centro da cidade de Jerusalém e falou:

- É Jesus.

quinta-feira, 8 de março de 2012

How He Loves us - Como Ele nos ama

Deus age em meio ao caos

De uns meses para cá minha vida passou por um terremoto, cinco tornados, sete tsunamis e dois big bangs, se é que me entendem. Certamente por isso estava meio “ausente”. Se deixei de refletir? Foi exatamente o contrário, faço isso incessantemente, 70 horas por dia. Dentre todo o caos em que me vejo, gostaria de relatar um fato em questão: acampamento de jovens.

Não vou me focar em detalhes, mas tirando o mover de Deus de cena, foi certamente o pior que já estive em toda a minha vida. Muito desorganizado, somente com o mínimo de condições para passa o dia e ainda por cima, em um lugar pequeno e desconfortável. É, Deus me ensinou muito naquele lugar. Agora, trazendo de volta o mover de Deus, tive experiências diferentes e especiais.

Deus me trouxe uma palavra que depois de me quebrar por inteiro, me reconstruiu para continuar e seguir em frente. Não foi nem algo que encontrei em referencia bíblica, porém Deus me questionou: “Me servir quando você tem estrutura, comida farta, organização e tudo de bom é fácil, agora se me ama de verdade, me sirva nessas condições ai”. Foi uma porrada e um encorajar, que veio não somente Dele, mas também das pessoas ao redor que me acompanhavam. Conclusão? O Trabalho evangelístico foi um sucesso, nosso grupo de jovens totalmente envolvidos, vidas sendo transformadas e muitos creram que só Jesus salva. De um lado, folia na praia, do outro, Deus agindo em minha vida e na vida dos meus amigos, em meio a um caos instalado pelos problemas ao redor.

Se minha vida mudou e melhorou? Em parte, sim. Ainda passo por dificuldades extremas, muitas delas já compartilhados com amigos e com o corpo. Mas, de uma coisa agora sei e para sempre levarei em meu coração. Você estando bem ou mal, com recursos ou não, SIRVA A DEUS e...ponto final.