terça-feira, 15 de novembro de 2011

Porque não perdoamos?

Venho pensando, discutindo e refletindo muito sobre essa frase “mágica” que gera em muitos de nós um desconforto extremo ao pronunciarmos: eu perdoo você!

Meditando com algumas pessoas nos últimos dias, nos deparamos com o texto de Mateus 18: 15 ao 22, no qual destaco os versículos 21 e 22: “Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.”

Porque Jesus disse setenta vezes sete? Não porque ele quis mostrar a quantidade exata de vezes que devemos perdoar, mas esboçar que devemos perdoar infinitamente. Bom, se isso é fato e simples de entender, então porque não perdoamos? Porque existem situações que conseguimos e outras que teimamos ou não queremos acertar as contas? Porque nós medimos o “grau de perdão” aceitável para nosso “eu” mundano e insano? A resposta para isso também é simples: ego!

Jesus nos resgatou da morte para que vivêssemos como ele, seguindo seus passos, ansiando a sua vontade. Gostamos de falar muito que Deus é amor, mas se esquecemos de que somos canais para que as pessoas vejam isso em nós, porém infelizmente gostamos de alimentar nosso ego e satisfazer nosso orgulho quando dizemos: “Não, eu não perdoo você”. Dizemos isso porque não entendemos a mensagem, não compreendemos que Cristo nos perdoa infindavelmente e nunca dirá tal frase. Como queremos segui-lo se nem perdoar uns aos outros conseguimos?



Temos também outro tipo de falta de perdão, que é o que eu mais vejo por ai. As pessoas dizem se perdoar, mas depois disso se afastam, não se cumprimentam, não oram umas pelas outras. Que tipo de perdão é esse? Não o perdão de Cristo! Talvez o perdão egocêntrico de uma carne podre necessitando de um encontro com o salvador. Devemos nos policiar e sempre perdoar, seja qualquer que seja a situação, mesmo que tenha nos magoado profundamente, não há desculpas para não agir assim. Jesus perdoou seus próprios assassinos, e nós às vezes não perdoamos ofensas de irmãos em Cristo?

Não podemos esquecer que, muito mais que desagradarmos o Pai, todo aquele que guarda ódio, apatia ou falta de interesse ou amor, é igual a um assassino para Deus: “Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.” - 1 João 3:15 deixa claro isso.

Pensemos todos, se há em nós falta de perdão ou pessoas que devemos acertar as contas, façamos hoje. Caso contrário, a bíblia deixa clara que somos assassinos, não merecedores da vida eterna e sem nenhuma comunhão com Deus. Temos duas escolhas: Alimentar nosso ego e orgulho ou suportarmos tudo, por causa do amor de Cristo. A escolha é de cada um de nós, assim como suas consequências.
Pensem nisso!

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